Autora: Maria Fátima Granja
Amor segundo o Espiritismo: a chave da felicidade segundo o Evangelho
Todos os seres humanos encarnados na Terra caminham em busca da felicidade. O Espiritismo ensina que essa felicidade não está nas conquistas materiais, nem nos prazeres passageiros, mas no amor verdadeiro e na vivência das leis divinas. A busca pela felicidade, segundo o Espiritismo, está diretamente ligada ao amor ao próximo, que é o caminho mais seguro para o equilíbrio espiritual.
O amor segundo o Espiritismo é apresentado como uma lei universal. Jesus, considerado o maior Espírito que encarnou na Terra, resumiu toda a Lei de Moisés em dois mandamentos essenciais: amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. Essa é a base da Doutrina Espírita e o fundamento do Evangelho segundo o Espiritismo, especialmente no capítulo 11, intitulado “Amar o próximo como a si mesmo”.
No entanto, muitas pessoas ainda procuram a felicidade na fortuna, no prazer, no poder e até nos vícios. Quando esses caminhos são trilhados, a ilusão se desfaz rapidamente. Mesmo aqueles que têm riqueza, conforto ou autoridade percebem que continuam infelizes, inquietos, insatisfeitos. Isso ocorre porque a felicidade real não está nesses elementos transitórios. O verdadeiro bem-estar espiritual está na prática do amor segundo o Espiritismo.
Esse amor é solidário, generoso e universal. Ele se manifesta nas relações humanas, nas atitudes diárias, na compaixão e na empatia. O Espiritismo ensina que todos somos partes integrantes de uma criação divina, onde a solidariedade entre todos os seres é fundamental para a harmonia do conjunto. O sol, a chuva, as plantas, os minerais e o ar trabalham em conjunto para sustentar a vida. Assim também devemos agir: unidos, solidários e fraternos.
Jesus ensinou a amar com palavras e exemplos. Uma de suas parábolas mais marcantes, registrada no evangelho de Mateus, capítulo 18, fala sobre o perdão entre devedores. Um servo que foi perdoado de uma grande dívida não teve misericórdia de outro que lhe devia menos. Ao saber disso, o rei o repreendeu duramente. Essa história mostra que o amor verdadeiro se manifesta também no perdão e na justiça.
Além de Jesus, os apóstolos também ensinaram o amor segundo o Espiritismo. Pedro escreveu que o amor cobre a multidão de pecados. Paulo de Tarso, em sua carta aos Coríntios, escreveu o mais belo poema ao amor, explicando que, sem amor, nenhum dom espiritual ou ato de caridade tem valor. Mesmo que alguém distribua todos os seus bens ou ofereça a própria vida, se não for por amor, nada se aproveita. O amor é paciente, bondoso, justo, humilde e perseverante.
O Espiritismo reforça que o verdadeiro amor é aquele que se transforma em ação. É fácil dar uma moeda a um necessitado, mas o verdadeiro amor exige mais: exige envolvimento, atenção e solidariedade prática. A caridade, quando feita por vaidade ou obrigação, não é suficiente. O amor segundo o Espiritismo é desinteressado, sincero e constante.
Apesar de tantos ensinamentos deixados por Jesus e seus seguidores, a humanidade ainda não assimilou plenamente a vivência do amor. As sociedades vivem em conflitos, divisões, egoísmo e desequilíbrio. O planeta ainda sofre porque os homens não aplicam a lei do amor nas suas relações. Quando essa vivência for plena, veremos uma transformação espiritual e social. Acabarão as injustiças, as guerras, a miséria e a desigualdade.
A maior revolução da humanidade será a vivência do amor segundo o Espiritismo. Quando cada pessoa deixar de buscar apenas o próprio bem e passar a se preocupar com a dor do outro, teremos uma sociedade mais justa e equilibrada. O Evangelho segundo o Espiritismo ensina que a caridade e o amor ao próximo são as chaves da regeneração da Terra.
O verdadeiro amor, segundo o Espiritismo, consiste em saber o que dói no outro. Sentir a dor do outro como se fosse nossa. Entender suas necessidades, oferecer consolo, praticar o bem sem esperar retorno. Essa é a essência do amor ensinado por Jesus e reforçado pela Doutrina Espírita. Quando aprendermos a amar com sinceridade, estaremos em sintonia com a Lei Divina.
Esse é o caminho para a felicidade verdadeira. Não há outro. A vivência do amor é a única solução duradoura para os sofrimentos humanos. Amar, segundo o Espiritismo, é cumprir a vontade de Deus e integrar-se plenamente na obra divina. O amor transforma, cura, eleva e redime. O amor segundo o Espiritismo é a chave do futuro da humanidade.